quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Novas abordagens

Causas:

A observação e trabalho com crianças autistas (bem como com crianças disléxicas, hiperactivas e outras) mostra que as crianças autistas têm uma compressão demasiado grande em termos de cabeça.

Isto pode equivaler a ter a cabeça colocada num torno.

O sofrimento que se consegue sentir na cabeça destas crianças costuma ser imenso.

E é muito desse sofrimento que provoca a compressão que se costuma sentir na sua cabeça.

A maneira como reagimos às emoções é comprimindo o corpo. Veja como exemplo a raiva e o seu efeito no corpo.

Sabendo que a fáscia pode criar compressões de até 140 Kgs por centímetro quadrado, pode-se imaginar o que isso representa na cabeça da criança autista.

Com tamanha compressão é mais do que óbvio que a criança ou adulto não consegue interagir com o meio pois está demasiado absorvido com a sua dor e com o seu desconforto.

As raivas da criança e a sua incapacidade de actuação encontram aqui as explicações.

Ninguém consegue estar bem nem interagir com o meio se está demasiado desconfortável.

Mais; os trabalhos e investigação do Dr. Upledger (criador da CranioSacral Therapy) mostraram que as tensões e compressões a nível das meninges existem nas crianças autistas e que estas precisam de sessões semanais (1 a 3) durante todo o seu crescimento até cerca dos 18 anos por forma a que o sistema crânio sacral funcione nas melhores condições uma vez que é este sistema que é o responsável por todo o ambiente fisiológico no qual todo o sistema nervoso vive, funciona e se desenvolve.

As tensões ao nível das meninges afectam todo o funcionamento não só do sistema crânio sacral mas de todo o sistema nervoso central pelo que há que libertar as tensões existentes nas meninges por forma a que o sistema crânio sacral e o sistema nervoso possam funcionar o melhor possível.

Pela minha experiência com estas e outras situações o que posso dizer é que de facto a tensão a nível da cabeça e a nível das meninges é demasiado grande o que explica o desconforto, irritação, agressividade, depressão, problemas de aprendizagem, desordens de atenção, défice de atenção, dislexia, hiperactividade, autismo, etc. que as crianças apresentam.

Tratamentos:

A solução para estes problemas passa por terapias que corrijam estas tensões, alterações e disfunções existentes.

Para o efeito pode-se utilizar a Terapia Craneo Sacral ou a Libertação Miofascial.

Eu pessoalmente uso (usei) mais a Libertação Miofascial em virtude de ser mais rápida e eficaz e em virtude de trabalhar todo o corpo e de desmemorizar os tecidos.

Com a Libertação Miofascial consigo muito mais e muito mais rapidamente resultados nas diversas situações que me aparecem no meu dia a dia.

No entanto, eu estou a utilizar outras abordagens por forma a acelerar os resultados e por forma a trabalhar as causas que estão por detrás destes problemas.

Hoje sei que a Libertação Miofascial não me dá todas as respostas e hoje estou a usar outras abordagens muito mais rápidas e eficazes.

O que hoje aplico é algo muito mais rápido e eficaz do que a Libertação Miofascial.

É assim que eu estou em trabalho de investigação para ver outras causas e outras soluções para que de facto os resultados surjam o mais rápido possível e para que a criança não tenha de andar a fazer várias sessões semanais até aos 18 anos.

Até ter resultados concretos e fiáveis vou continuando a fazer o meu trabalho o melhor que sei e o melhor que posso.

De tudo isto, facilmente se compreende que o autismo é uma situação complicada e que não se resolve facilmente.

Os tratamentos acarretam uma despesa muito grande para os pais, sobrecarregando-os quando eles já estão demasiado sobrecarregados com o problema do filho.

Assim seria desejável que existissem apoios (financeiros, investigação, etc.) vindos de pessoas que o pudessem prestar por forma a se conseguir dar um pouco de mais qualidade de vida não só ás crianças como aos seus pais.

No caso do autismo, o tratamento deve sempre começar por os pais se submeterem a tratamento primeiro, para que fiquem mais relaxados e não transmitam o seu stress e tensões acumuladas ao longo dos anos aos seus filhos, impedindo-os dessa forma de fazerem os progressos que precisam.

No caso da Hiperactividade e mesmo da Dislexia ou de Problemas de Aprendizagem ou outros, quase sempre as crianças beneficiam imenso quando os seus pais recebem tratamento primeiro ou em simultâneo.

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